A mina de extração de urânio de Caetité, na Bahia, operada pelas
Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e fornecedora de material radioativo para as usinas de Angra I e II, no Rio de Janeiro, apresentou vazamento no dia 28 de outubro.
A denúncia foi feita por habitantes da pequena cidade ao Greenpeace. Segundo a organização, 30 mil litros de concentrado (licor) de urãnio, que é tóxico, teriam escorrido e contaminado lençóis freáticos a 200 metros de profundidade e rios da região. "Como nos vazamentos anteriores, esse acidente expõe a fragilidade da segurança nuclear", critica André Amaral, coordenador da campanha de energia nuclear do Greenpeace.
A INB confirma que houve vazamento, mas nega que tenha sido de licor de urânio. Segundo a empresa, cerca de 500 litros de solvente orgânico, utilizados na mineração, foram derramados e chegaram a sair da unidade de extração, mas foram contidos dentro da área de operação da usina.
Por meio de sua assessoria de comunicação, a INB informou que o produto não oferece riscos à saúde de trabalhadores, moradores e nem causa danos ao meio ambiente. O líquido já teria sido retirado do solo.
Segundo o
Greenpeace, esta é a sexta vez, desde 2000, que a mina apresenta vazamentos.
(Marcelo Medeiros, com informações do Greenpeace)