Tuesday, April 24, 2012

Agrotóxicos – População não conhece os riscos


A população brasileira não conhece os riscos dos agrotóxicos


As pessoas que vivem na áreas rurais desconhecem o risco que correm com os agrotóxicos pulverizados nas monoculturas brasileiras.


Os pequenos agricultores não fazem idéia do risco que correm ao terem estes produtos pulverizados  a menos de 10 metros de suas casas e muitas vezes as embalagens dos agrotóxicos servem para embrulhar alimentos.




Esta situação escabrosa é relatada no “Dossiê sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde do Brasil”, feito por pesquisadores de saúde do país, que será apresentado em Brasília no Congresso Mundial de Nutrição Rio 2012, no dia 27/04.


Segundo um dos pesquisadores, a idéia é fazer frente à bancada ruralista no Congresso Nacional, que aumentou o lobby para liberação do uso de novas substâncias pela Anvisa – muitas delas proibidas nos EUA e na UE.


Um dos estudos inéditos será apresentado pelo pesquisador e médico da UFMT, Vandeley Pignatti. Ele analisou o sangue e a urina de professores das áreas urbanas e rurais das cidades de Lucas do Rio Verde e Campo Verde, no MS. Das 74 amostras analisadas, em 70 delas foram encontrados vestígios de agrotóxicos, sendo que entre os professores rurais, o nível foi o dobro.


Muitas das escolas rurais ficam a menos de 10 metros de plantações de soja, milho ou algodão, o que significa um riso grave à saúde por intoxicação crônica, entre professores e alunos. Há 71 cidades do País nessa situação e em nenhuma delas é cumprida a lei de 2008 que estabelece a distância de pelo menos 500 metros para a pulverização.


Em amostras de leite materno colhido entre 62 mães da mesma área, foi encontrado DDT, substância PROIBIDA no Brasil desde 1985 . E em 73% das amostras foi encontrado ENDOSULFAN, proibido em toda a Europa, que só será retirado do Brasil em 2013.
O desafio dos médicos pesquisadores é provar os danos dos agrotóxicos. 
O SUS não tem médicos capacitados para diagnosticar as intoxicações e notificar os órgãos de vigilância e controle, o que cria brechas para que as empresas desqualifiquem os dados.

Fonte: JC

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