Pesquisa avalia o impacto de excesso de barragens na Amazônia
“Estão previstos 151 novos barramentos de rios, sendo que 50% serão de alto impacto ambiental e 80% causarão perdas de florestas”, de acordo com pesquisa publicada na PloS ONE, por Matt Finer (das ONGs Salve as Florestas da América e Centro para Leis Internacionais de Meio Ambiente) e Clinton Jenkins (da Universidade da Carolina do Norte).
Há projetos para 151 novas barragens, com capaciade superior a 2 MW, nos 6 maiores rios que conectam os Andes à Amazônia, exercendo uma pressão à maior floresta tropical do planeta, sendo que já existem 48 barragens operando com capacidade acima de 2 MW na amazônia Andina.
O estudo revela que 60% destes projetos irão quebrar a conectividade entre as cabeceiras protegidas dos Andes e a Planície Amazônica, 80% vão provocar perdas de florestas, 50% são consideradas de alto impacto ambiental (capacidade acima de 100 MW) e 40% já estão em etapa avançada de planejamento.
"As cinco barragens de maior impacto ambiental estão associadas ao acordo energético entre Peru e Brasil (Inambari, Mainique, Paquitzapango, Tambo 40 e Tambo 60), por causa da fragmentação do rio e da necessidade de construção de estradas, linhas de transmissão e de infraestrutura", destacou Finer.
Os Andes fornecem a maioria dos sedimentos, nutrientes e matéria orgânica para a Amazônia. Muitas espécies de peixes amazônicos desovam em rios que dependem da influência andina, incluindo os que migram para as cabeceiras.
Barragens quebram a conectividade ao longo do rio. Vários processos ecológicos na Amazônia dependem da inundação sazonal, criada pela variação entre seca e cheia.
O sistema de conexões entre a planície Amazônica e os Andes ainda é pouco estudado, mas sabe-se que os Andes fornecem a maioria dos sedimentos, nutrientes e matéria orgânica para a Amazônia. Muitas espécies de peixes amazônicos desovam em rios que dependem da influência andina, incluindo os que migram para as cabeceiras.
O impacto total destas barragens ainda não foi divulgado, mas deveria ser amplamente estudado e determinado antes das suas construções e não depois
fontes:
http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0035126#pone.0035126.s002
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