Saturday, October 16, 2010

Haiti: antes e depois do terremoto



Haiti o país mais pobre das Américas, sofre grandes perdas com os furacões e tempestades tropicais. Uma série de tempestades atingiu o país em 2008, deixando 800 mil pessoas sem moradia. Por causa dos desmatamentos, essas tempestades são sempre seguidas por outras tempestades. As casas construídas de concreto para proteger as pessoas contra as tempestades, caíram com o terremoto de 2010.
Cerca de 1/3 da população (3 milhões) do Haiti, com seus 9 milhões de habitantes, vive na região de Porto Príncipe, o epicentro do terremoto devastador.



  • Há poucas indústrias e a maioria dos haitianos luta para sobreviver diariamente. Cerca de 65% das pessoas vivem na pobreza - um número que aumenta para 80% na zona rural. enquanto a educação é gratuita para crianças de 6 a 11 anos, muitas não podem frequentar a escola devido aos custos de uniforme, livros, materiais e disponibilidade de escolas e professores. Cerca da metade da população adulta não sabe ler.








Um mês após o terremoto, as ruas ainda continuavam entulhadas de escombros, com pessoas vagando se ter onde ir, tentando se proteger do sol escaldante, procurando as filas onde os donativos eram distribuídos.



  • Cerca de 95% da população do Haiti é de descendência africana, o restante 5% são mulatos. A primeira colônia européia a declarar sua independência em 1804, os mulatos formam a elite governamental e controlam a maior parte da riqueza do país. Fato que sofreu represália por parte dos países escravagistas europeus e americanos que mantiveram bloqueio comercial sobre o país por 60 anos e um pagamento compulsório da dívida. O país possui alta densidade demográfica e a maioria ainda continua sobrevivendo por meio da agricultura de pequenos pedaços de terra, onde o solo está esgotado. 
  •  No século XVIII foi a colônia francesa mais próspera na América, exportando cacau, café e açúcar (concorrendo com a colônia portuguesa do Brasil). Hoje, não há estrutura energética, seu principal meio de comunicação ainda é o rádio e a ocupação militar e interferência internacional já dura 6 anos.


  • Com o tamanho menor do que o nosso Estado de Alagoas, superou o Brasil na época da exploração da terra para a produção da cana-de-açúcar nos séculos passados. Para tal, foi necessário um desmatamento quase total do país, o que sobrou da floresta tropical é retirada para fazer carvão combustível e para cozinhar.




  • Após o terremoto em janeiro, durante os últimos oito meses, não se há dado nenhum processo de recuperação real, nem de inversão massiva, que poderia permitir ao povo do Haiti recuperar o que existia antes do terremoto. 
  • O que vemos é uma situação de embate, de jogo, de manipulação, onde o que mais preocupa ao capitalista é aproveitar-se do que chega como ajuda de emergência ou reconstrução, para reforçar a presença das transnacionais no país. 

  • As tropas da ONU ainda não foram capazes de dar uma resposta eficaz às vitimas do terremoto. Entulhos e acampamentos improvisados ainda tomam as ruas da capital Porto Príncipe, mas não se vê nenhuma movimentação por parte das tropas militares para a retirada dos escombros e início da reconstrução de prédios e edifícios. E não se pode culpar a falta de verbas ou recursos humanos, já que depois do terremoto houve o incremento de 3.500 pessoas no corpo da MINUSTAH, com orçamento reforçado em 126 milhões de dólares anuais somente em soldos. Não custa lembrar que um soldado designado para serviços militares no Haiti recebe por mês cerca de 3 mil dólares, o equivalente a 4 anos de trabalho de um haitiano que vive com um salário mínimo.
  • Nos dias que se seguiram ao terremoto de janeiro, a devastada Porto Príncipe se tornou o local de peregrinação preferido para políticos e personalidade de todo mundo expressarem sua compaixão. Sobrevoando as ruínas em seus helicópteros, declararam com voz embargada suas condolências perante as câmeras de televisão e reafirmam compromissos de ajuda às vítimas do terremoto.


  • Enquanto a comunidade internacional propagandeia uma ajuda financeira de U$ 9,9 bilhões para a reconstrução do país, ruínas e escombros se amontoam pelas ruas e estradas e a única ação visível desta ‘reconstrução’ são acanhados mutirões de limpeza nos quais homens e mulheres haitianos retiram com as próprias mãos ferros, vigas, destroços e corpos.

Estima-se que 1,2 milhões de hatianos ainda vivem acampados em barracas, a maioria frágeis contra as tempestades. 

Fontes de pesquisa:
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A Ciência feita por Brasileiros

Estas são uma amostra de uma série de entrevistas voltadas para professores e estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio, mostrando a Ciência que se faz em nosso país, especialmente nas unidades de pesquisas ligadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT.
Este é um projeto idealizado e coordenado por Vera Pinheiro, com iniciativa do MCT.
Estas entrevistas estão no site da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Eu escolhi três depoimentos que achei muito relevantes para a desmistificação da ciência e do cientista.


Assista aqui:

Dr. Sérgio Mascarenhas - Carioca, ele é um grande divulgador da ciência. Se formou químico, físico, é professor emérito do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, foi professor visitante em HarvardPrincetonMIT e fellow do Institute for Advanced Study de Princeton, é Membro Honorário do Instituto de Estudos Avançados (IEA) fundador e atual coordenador do IEA-USP de São Carlos.  A vida profissional do Dr. Sérgio é tão surpreendente que o melhor mesmo é dar uma coconsultada no Currículo Lattes dele. 



A seguir:

Maria de Jesus Coutinho Varejão – Pesquisadora, há 40 anos trabalha no INPA/MCT. Um laboratório cheio de ácidos e de vidros, que exige todo um cuidado, é apresentado logo aos alunos de PIBIC Júnior que lá vão trabalhar. Aprendeu a ler com 3, 4 anos e aos 5 já era alfabetizada. Muito curiosa, filha de pais professores e nascida na Paraíba, concluiu o segundo grau no Recife porque queria fazer sua formação em Engenharia Química na UFPE. O mestrado em Química Analítica Inorgânica ela cursou no Rio de Janeiro e o doutorado em Biologia (Ecologia) foi feito no INPA, na Amazônia. Ela conta que correu muito nos paralelepípedos de Recife durante a época da Revolução... Hoje, voltada para a Química Analítica, trabalha com produtos florestais e com a toxidade da madeira na área florestal. “Um móvel ou uma casa não podem ser construídos com madeira que seja tóxica”, alerta a pesquisadora.






Mais vídeos diretamente do site no Canal de Vera Pinheiro 



Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2010 (18 a 24 de outubro de 2010)

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é um evento nacional que ocorre em todos os estados brasileiros ao mesmo tempo, com inicia em 18 de outubro, siga o link e fique atualizado, e veja o que está disponível em sua cidade e/ou estado para que possa participar. O tema deste ano é "Ciência para o Desenvolvimento Sustentável".

http://semanact.mct.gov.br/index.php/content/view/3637.html

Sunday, October 3, 2010

Em defesa da Amazônia: Belo Monte é só o início

O Movimento Xingu vivo acaba de lançar os vídeos Em defesa da Amazônia 1 e 2, os quais serão exibidos e compartilhados entre a população brasileira, mostrando a riqueza da biodiversidade do Rio Xingu e o que pode acontecer com a polêmica construção da Usina Hidroelétrica de Belo Monte.  A primeira de um projeto faraônico de construção de mais de 60 Usinas na Amazônia nos próximos 20 anos.

Defendendo os Rios da Amazônia 1




Defendendo os Rios da Amazônia 2




Fontes:
Blog e site Xingu Vivo
http://xingu-vivo.blogspot.com/
http://www.xinguvivo.org.br/

Entrevista com Sheyla Juruna à IUH on-line publicada em:

http://www.ecodebate.com.br/2010/10/01/belo-monstro-para-o-mundo-entrevista-com-sheyla-juruna/
e em
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=36606

Assine a petição em

https://salsa.democracyinaction.org/o/2486/action/parebelomonte


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