Wednesday, June 30, 2010

Vazamento de Petróleo: Golfo do México x Nigéria

Golfo do México

O mundo todo está preocupado com o vazamento de petróleo no Golfo do México, o qual já atingiu a costa dos Estados Unidos. A última estimativa publicada pelo governo americano é que, entre 35 e 60 mil barris de petróleo por dia estão sendo despejados no mar.
Um acidente sem precedentes na história dos EUA, causado pela negligência e corte nos custos de operação da plataforma (segundo congressistas americanos).
Várias tentativas de conter o vazamento da BP foram inúteis, e afirma-se que outras petroleiras também não estão preparadas para conter estes tipos de vazamentos.


Oceanógrafos e biólogos detectaram vários fenômenos decorrentes do gigantesco vazamento de petróleo: golfinhos e tubarões começaram a aparecer perto das praias da Flórida, em águas rasas onde normalmente não se arriscam; milhares de arraias, caranguejos e peixes pequenos estão se aglomerando em um pier do Alabama, enquanto pássaros cobertos de petróleo estão entrando em pântanos e desaparecendo.


Golfo         PatonoGolfo

Cerca de 5,5 milhões a 9,5 milhões de litros de petróleo por dia vazam do poço, a 80 quilômetros da costa da Louisiana, nas águas do golfo. Pressionada pelo governo, a BP concordou em criar um fundo de US$ 20 bilhões para indenizar as pessoas e empresas afetadas pelo vazamento.

Nigéria: Petróleo vaza há 50 anos no Delta do Rio Níger


Grandes vazamentos de petróleo não são novidades na Nigéria. O delta do Níger, onde a riqueza em baixo da terra é desproporcional à pobreza dos que nela vivem, é submetido a um vazamento equivalente ao do Navio Exxon Valdez no Alasca por ano (41 milhões de litros, em 1989).
O petróleo vaza quase todas as semanas. Nenhum outro lugar da Terra tem sido tão poluído pelo petróleo.
O vazamento de um duto da Royal Dutch Shell foi fechado há poucas semanas, depois de vazar por 2 meses!! Não há mais um ser vivo nos mangues, nem camarões ou caranguejos – várias pessoas dependem da sua coleta para sobreviver.
Os vazamentos são causados por dutos enferrujados, nunca fiscalizados ou em manutenção. As empresas alegam sabotagem, mas a fiscalização e a leis são ineficientes.
"Não temos a imprensa internacional para cobrir o que acontece aqui, então ninguém se preocupa"


  Nigeria Niger
                    
Porque o desastre do golfo paralisa um país e um presidente?


Ninguém está preocupado com o vazamento na Nigéria, onde nada menos que 2 bilhões de litros vazaram no Delta do Níger nos últimos 50 anos ou cerca de 41 milhões ao ano, concluíram especialistas.
A Shell, principal empresa exploradora, opera em milhares de quilômetros quadrados, segundo a Anistia Internacional. Colunas envelhecidas de válvulas nos poços de petróleo se destacam entre palmeiras. Às vezes o petróleo jorra delas, mesmo que os poços estejam desativados.

Leia mais em  Jornal da Ciência e link das fotos da Nigéria e link para as fotos Golfo do México

Tuesday, June 29, 2010

Água: guerra pelo líquido precioso começou?

Água: guerra pelo líquido precioso começou?

Rio Nilo : Nove países africanos brigam pelas sua águas
O Rio Nilo banha, de um lado, os países desérticos Egito e Sudão, os quais dependem totalmente do rio para sobreviver e do outro lado, Uganda, Etiópia, Ruanda, Tanzânia e Quênia ...... que abastecem a corrente do rio.....
Milhares, senão milhões de pessoas dependem de suas águas, bebem, tomam banho, pescam, transportam suas mercadorias e plantam.
Há uma década os nove países banhados pelo Nilo negociam o que fazer para dividir os recursos e proteger o rio em tempos de mudanças climáticas, ameaças ambientais e aumento de população.
Segundo Henriette Ndombe, diretora executiva do Nile Basin Iniciative (instituição intergovernamental estabelecida em 1999 para supervisionar o processo de negociação e cooperação) é uma negociação séria e há pontos críticos como a secular questão:
 A quem pertence o Nilo?
O debate está sob âmbito da legislação internacional e o Egito a defende até com ações militares.
Egito e Sudão argumentam que a Lei está com eles desde a época que a Inglaterra controlava parte da região (Tratados de 1929 e 1959), estes tratados garantem aos dois países “utilização plena das águas do Nilo” e o poder de vetar qualquer projeto de represamento no Leste da África. A prioridade para Uganda é a geração de energia e a construção de mais represas. Construindo represas rio acima, o Egito tem menor vazão.
A Etiópia, fonte do Nilo Azul que se junta ao Nilo Branco em Khartoum e garante 86% da vazão, não tem direito a nada.

Em abril, num acordo de “uso equitativo e racional”, o qual Egito e Sudão se recusaram a assinar – só assinam se forem protegidos seus direitos históricos - os outros países perderam a paciência, alguns consideraram isso como um insulto – cobrar direitos sem obrigações.
Os diplomatas do Quênia, da Etiópia e de Uganda – países onde chove muito – conhecem a dependência do Egito das águas do Nilo, mas não se conformam em não poder utilizar um recurso tão valioso.
As mudanças climáticas e o aumento populacional – Egito tem hoje 79 milhões de hab e deve chegar aos 122 milhões até 2050 e nos países rio acima o crescimento ainda é maior, os 83 milhões de etíopes hoje serão 150 milhões daqui a 40 anos!
“Pode ser o começo de um conflito.”
Leia ais em ingles no The Guardian ou taduzida no EcoDebate.

Saturday, June 12, 2010

Economia Azul: Zero Emissões de GEE

Nossa sociedade está acostumada ao consumo de produtos que geram desperdício e poluição, o que causa desperdícios dos recursos limitados do planeta.

Sociedade injusta, devastação do meio-ambiente, concentração de renda, aumento da fome e da pobreza, geração absurda de resíduos tóxicos, são algumas das consequências do modelo econômico que o mundo adotou na modernidade.

Até agora o modelo de nosso economia depende do crescimento perpétuo, exigindo cada vez mais investimentos e mais recursos. O que leva a uma sociedade injusta e enviesada de economias e ecossistemas devastados.

Sugerido como um relatório ao Clube de Roma, a economia deve ser mais eficaz e colaborativa, verdadeiramente sustentável, com a introdução de inovações que permitam menos investimento e que acumule capital e não dívidas, o que significa emissões zero.

Günter Pauli (economista e ambientalista) é o fundador da Economia Azul, uma alternativa de Zero Emissões ou Zeri - Zero Emission Research and Initiatives.

Uma economia baseada na Inovação Tecnológica, em Modelos da Natureza e Nenhum Resíduo, isto equivale a aplicar a máxima de Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma!”

Leia mais em:

Entrevista traduzida no Portal EcoDebate

Site do Economia Azul ou Blue Economy

Saturday, June 5, 2010

Tuesday, June 1, 2010

A queima da cana de açúcar - Você sabe porquê?

O porque da queima da cana-de-açúcar.


Nunca antes neste País, como gosta de dizer o Presidente Lula, se falou tanto em
canaviais, cana-de-açúcar, álcool, etanol, efeito estufa, aquecimento global, poluição,
trabalhadores, capital, usinas, usineiros, combustível, energia, etc. etc. etc.

Em evidência na mídia estão os canaviais, as plantações de cana, matéria prima para produção de etanol, e não se pode deixar de mencionar, a prática milenar de queima da cana-de-açúcar para colheita e o trabalho escravo.

Apesar de algumas indústrias estarem mecanizando a colheita, a grande maioria das fazendas por este imenso Brasil ainda usam a prática da queima da cana imediatamente antes da colheita.

Algumas particularidades das plantações de cana-de-açúcar:
  • É uma prática altamente impactante apara o meio ambiente quanto as emissões de CO­­2 , poluição do solo e poluição da água
  • Trabalho em condições sub-humanas – e porque não dizer trabalho escravo?
  • Mudanças no modo produtivo dos municípios através da monocultura
  • Concentração da posse da terra e formação de grandes monopólios
  • Redução da biodiversidade pelo desmatamento e desequilíbrio ecológico
  • Geração de resíduos extremamente poluidores, como a vinhaça e torta de filtros
  • Uso intensivo de fertilizantes e de agrotóxicos tipo Roundup (herbicida)
  • Na queima, libera além de CO2 outros poluentes – hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs) ou fuligem – compostos cancerígenos, ozônio e outros produtos orgânicos

 Apesar do discurso contrário, a prática da queima da cana de açúcar favorece apenas aos produtores e ao agronegócio, é improvável que 80.000 trabalhadores cortadores de cana ficassem sem emprego caso não fosse mais queimada visto não existirem financiamentos e máquinas suficientes para substituí-los.

O LUCRO seria diminuído, pois com a queda da produção na colheita da cana sem queimar, seriam necessários equipamentos de proteção, salários justos e um contingente muito maior de pessoas a serem contratados.

Tudo feito em nome da produtividade e do lucro imediato!