Tuesday, March 27, 2012

O que é o MDL? – saiba mais



Saiba mais: o que é o MDL?




O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é o principal instrumento de flexibilização das metas de diminuição de emissões de Gases de Efeito Estufa  (GEE), criados pelo Protocolo de Kyoto, e é aplicável a projetos em países que não têm metas de redução de emissão de GEEs. Permite que países desenvolvidos financiem projetos de redução ou comprem os volumes de redução de emissões (RCEs) resultantes de iniciativas desenvolvidas em países emergentes. A participação dos países envolvidos com o projeto deve: ser voluntária e aprovada pelos órgãos governamentais competentes de cada país; a atividade do projeto deve resultar em benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo, relacionados com a mitigação das mudanças climáticas; as reduções de emissões de GEEs devem ser adicionais ao que ocorreria na ausência da atividade do projeto; a atividade do projeto deve contribuir para o desenvolvimento sustentável, segundo as diretrizes do país anfitrião.
retirado de Instituto Humanitas

Friday, March 23, 2012

Dia Mundial da água: Água e Segurança Alimentar

Dia Mundial das Águas de 2012 tem como tema "Água e Segurança Alimentar".




A Declaração Universal dos Direitos da Água foi criada pela ONU em 1993 e é comemorada através de manifestações mundiais e atividades concretas que promovam a conscientização. A cada ano um tema é lançado como gerador de discussões e propostas de soluções aos problemas relacionados ao consumo de água no planeta.


O Tema deste ano, Água e Segurança Alimentar, tem um argumento muito forte nas projeções das necessidades de água para agricultura que preveem um gasto de 19% a mais de água até 2050. A Agricultura consome atualmente 70% de água de toda a água consumida no planeta, e um aumento para 90% está muito além dos limites do stress hídrico.


O Fórum Mundial das Água, que ocorreu neste mês, é um evento preparado pela ONU e pelos governantes mundiais (leia-se grandes empresários como Monsanto, Coca-Cola e outros) para discustir a governança da água.
Paralelamente ocorre o Fórum Alternativo Mundial da Água, programado por ONGs e ativistas de todo o mundo, o qual não reconhece a legitimidade do Conselho Mundial da Água (que possui interesses financeiros no caso...).


Selecionei algumas notícias deste mês sobre o assunto "Água", para compartilhar com todos, as quais ao ler o título percebe-se não serem muito otimistas.


Agricultura Mundial vai consumir 19% mais água


Fórum Mundial da Água: China, Índia e Paquistão disputam água do Himalaia


Fórum Mundial da Água começa com busca de soluções para água potável


Fórum Alternativo Mundial da Água inicia com protestos contra represas.


Brasil desconhece nível de contaminação de'águas subterrâneas


A centralidade da água na disputa global por recursos estratégicos


A água novamente entre a vida e a morte


Privatizar a água é como vender ar em sacos plásticos




E para terminar, fica aqui a indignação contra a decisão dos ministros do Fórum Mundial da Água em não reconhecer a água e o saneamento como direitos humanos. 
Desde o Fórum de 2000 que a água não é mais reconhecida como um  direito inalienável, mas como uma necessidade humana, o que são visões muito diferentes. Em 2009 esta visão mercantilista foi ratificada pelo mesmo Fórum e apoiada pelo Banco Mundial, um financiador das empresas públicas-privadas para gestão da água. 


Leia também: Água: guerra pelo líquido precioso começou? , Água: Você sabia que.. e Limites Planetários.



Friday, March 16, 2012

Limites Planetários

           
Limites Planetários – rumo ao desconhecido




O conceito de limites planetários foi desenvolvido pelo grupo de cientistas Planetary Boundaries Group.
Este grupo composto por 28 cientistas do Stockholm Resilience Centre trabalha há alguns anos no conceito dos limites biofísicos dos sistemas ambientais terrestres que permitem sua estabilidade. Segundos estes pesquisadores, os limites não devem ser ultrapassados para evitar catastróficos pontos de viragem no clima e nos ecossistemas.

O estudo foi desenvolvido tomando-se por base os seguintes princípios:

1 – Escala da ação humana em relação à capacidade do planeta em sustentá-la
2 – Compreensão dos processos essenciais dos sistemas terrestres
3 – Pensamento ligado à resilência da dinâmica dos sistemas complexos

Este estudo tentou identificar as variáveis que podem levar os ciclos bio-geo-químico a limites não seguros. 
A ultrapassagem de um dos limites leva outro a ficar vulnerável. A identificação destes limites é uma nova abordagem para  auxiliar a humanidade a lidar com as mudanças climáticas.
Respeitar estas fronteiras contribuirá para um desenvolvimento sustentável sobre o planeta.

Nove foram as fronteiras planetária identificadas:

1 – Mudanças climáticas
2 – Taxa de perda da biodiversidade
3 -  Fertilizantes de Nitrogênio e Fósforo na biosfera e nos oceanos
4 – Acidificação dos oceanos
5 – Mudanças no uso do solo
6 – Consumo de água potável e o ciclo hidrológico
7 – Camada de ozônio da estratosfera
8 – Acumulação de aerossóis na atmosfera
9 – Poluição química



Sistema-Terra processo Variável de controle [ 24 ] Limite
de valor
Valor atual Limite ultrapassado Valor pré-industrial Comentário
1. Mudanças climáticas Dióxido de carbono atmosférico concentração ( ppm por volume) [ 25 ]
Veja também: Tipping Point (climatologia)
350 387 sim 280 [ 26 ]
Em alternativa: Aumento da potência da energia radiante( W / m 2 ) desde o início da revolução industrial (~ 1750) 1,0 1,5 sim 0 [ 27 ]
2. Perda de biodiversidade Taxa de extinção (número de espécies por milhão por ano) 10 > 100 sim 0,1-1 [ 28 ]
3. Fertilizantes de Nitrogênio e Fósforo (A) de nitrogênio antropogênico removido da atmosfera (milhões de toneladas por ano) 35 121 sim 0 [ 29 ]
(B) fósforo antropogênico que vai para os oceanos (milhões de toneladas por ano) 11 8,5-9,5 não -1 [ 30 ]
4. Acidificação dos oceanos Estado de saturação média global de aragonita na água do mar de superfície (unidades de omega) 2,75 2,90 não 3,44 [ 31 ]
5. Uso do solo Superfície da terra convertido em terras agrícolas (por cento) 15 11,7 não baixo [ 32 ]
6. Consumo de água doce consumo de água humano global (km 3 / ano) 4000 2600 não 415 [ 33 ]
7. Camada de ozonio Concentração do ozônio estratosférico (unidades Dobson ) 276 283 não 290 [ 34 ]
8. Aerossóis atmosféricos Em geral concentração de partículas na atmosfera, numa base regional ainda não quantificados [ 35 ]
9. Poluição química Concentração de substâncias tóxicas e plásticos e desreguladores endócrinos e metais pesados ​​e contaminação radioativa no ambiente ainda não quantificados




Conclusão
De acordo com o gráfico do estudo, 3 limites já foram ultrapassados, perda da biodiversidade, mudanças climáticas e uso de fertilizantes fosforo-nitrogenados, outras 3 estão se aproximando do limite, destruição da camada de ozônio, uso do solo e acidificação dos oceanos, e os 3 restantes, consumo de água, poluição química e por aerossóis, não tem seus limites definidos, mas bem podem já estar à beira do limite!


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Para ler mais:

http://www.stockholmresilience.org/planetary-boundaries

http://www.ecologyandsociety.org/vol14/iss2/art32/
http://www.newscientist.com/special/ocean-to-ozone-earths-nine-life-support-systems
http://multivu.prnewswire.com/mnr/stockholmresilience/40125/
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/cientistas_querem_instituir_fronteiras_planetarias.html
http://www.compendiosustentabilidade.com.br/compendiodeindicadores/indicadores/default.asp?paginaID=26&conteudoID=323
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Tuesday, March 13, 2012

6th World Water Forum – Tempo para soluções


Tempo para soluções é o lema do 6th World Water Forum iniciado ontem e segue até dia 17/03, na França.

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O evento ocorre a cada três anos, sob organização do Conselho Mundial da Água, formado por aproximadamente 400 integrantes de 140 países.

O objetivo do fórum é elaborar metas técnicas e políticas para a conservação, proteção, planejamento,  gestão e  uso da água em todo o planeta. Nas discussões, haverá espaço para o Banco Mundial e o Banco Central Europeu falar sobre o financiamento de projetos relativos à água.

Segundo dados da ANA (Agência Nacional das Águas) o Brasil produz cerca de 12% da água doce superficial do planeta e aqui também está localizada grande parte da maior bacia hidrográfica do mundo, a Amazônica.

A reunião foi aberta com chamados de advertência das Nações Unidas de que as mudanças climáticas e o crescimento demográfico provocaram um aumento da pressão mundial sobre a água.

Declarando que "os desafios são imensos e os números são tenazes", o chefe de governo francês lembrou que "o número de seres humanos que não têm acesso à água potável são contabilizados em bilhões". E "o número de mortos a cada ano devido aos riscos sanitários é contado em milhões", acrescentou Fillon. "Esta situação não é aceitável", declarou o primeiro-ministro, que é também titular do ministério de Ecologia da França.

Um  relatório da ONU divulgado ontem (12/03) afirma que a demanda pela água é tal que será necessária uma mudança radical dos hábitos de seu uso.
 
leia mais aqui e aqui e aqui.

Tuesday, March 6, 2012

VIII Olimpíada Brasileira de Biologia- OBB



“Graças ao esforço da ANBio em promover a Olimpíada Brasileira de Biologia- OBB desde 2005 e apoio recebido de seus sócios corporativos, as Olimpíadas de Ciências têm colaborado para a melhoria do ensino no país. Convém lembrar que o Brasil já ganhou medalhas nas 4 últimas Olimpíadas Internacionais de Biologia. A Instituição está abrindo as inscrições das escolas para participarem da VIII Olimpíada Brasileira de Biologia-OBB, onde pretendemos elevar significativamente o número de participantes, sobretudo de escolas públicas.


  As inscrições são gratuitas e todas as escolas de nível médio podem participar inscrevendo seus alunos através da internet no site da OBB 

www.anbiojovem.org.br.


  As regras e programa da OBB estão também disponíveis  no site, assim como dicas de como estudar.


  Os alunos classificados nas duas primeiras fases irão ao Rio de Janeiro fazer um treinamento nos laboratórios da UERJ, UNIRIO e Instituto ORT antes de viajarem para competir na Olimpíada Internacional que este ano será em Singapura e na Ibero Americana que será em Portugal.

 Motive os alunos de sua escola a participarem da OBB, que além de promover e incentivar o ensino da Biologia possibilita a vivência social desses alunos com alunos de outros países e culturas.”


 AS INSCRIÇÕES VÃO ATÉ DIA 31 DE MARÇO DE 2012 NO SITE DA OBB WWW.ANBIOJOVEM.ORG.BR . TUDO INTEIRAMENTE GRÁTIS!



Participe, leve sua escola .

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Friday, March 2, 2012

Fluorescência e fotossíntese - Observando o planeta respirar


Fluorescência e fotossíntese - Observando o planeta respirar 


  1. O Carbono, um bloco de construção da vida, também é um componente de nosso clima.  No ciclo do carbono o gás carbônico (CO2) do ar é produzido tanto por plantas, como por seres humanos. Os seres humanos o produzem quando queimam combustíveis fósseis, cortam árvores e fazem queimadas. Os vegetais o processam através da fotossíntese. O CO2 atua como um termostato que controla a temperatura do planeta, atualmente muito conhecido de todos como "gás de efeito estufa". Quanto maior a emissão de CO2 para a atmosfera, mais aquecimento. Desde o início da Era Industrial, os níveis de carbono na atmosfera subiram quase 40% e como consequência a temperatura média do planeta aumentou cerca de 0,5o C. Conhecer o balanço do ciclo do carbono é fundamental para saber quanto de aquecimento é previsto para ao futuro, e as plantas fazem parte fundamental deste ciclo.
  1. A fotossíntese necessita de energia solar para transformar CO2 em carbohidratos para que as plantas cresçam. Ao realizar a fotossíntese as plantas emitem luz fluorescente que pode ser observada por instrumentos. Quanto mais fotossíntese, mais fluorescência e mais absorção de CO2  pelas plantas.
  1. O satélite GOSAT (Greenhouse Gases Observing Satellite) lançado em 2009 pelos japoneses tem a capacidade de  captar esta luz. Usando os dados do GOSAT pesquisadores da NASA demonstraram que, através desta fluorescência captada do espaço, é possível fazer inferências  sobre a saúde e a atividade das plantas na superfície da Terra.
  1. Nas observações do espaço os cientistas normalmente consideram que quanto mais verdes são as plantas, mais elas possuem a capacidade de  refletir a radiação infravermelha bem como de absorver a luz visível, isto é, quanto mais verdes mais produtivas. Mas nem sempre isso é verdadeiro. As árvores das florestas tropicais podem estar completamente  verdes no inverno, mas tem carência de água o que causa um desaceleramento na fotossíntese e consequentemente na absorção do CO2. Isto significa que há uma correlação linear entre a fluorescência e a produção primária bruta de CO2  pelas plantas.
  2. As novas descobertas têm implicações para missões dos satélites, tanto atuais, quanto futuros. Em curto prazo devem ajudar os cientistas a refinar as medições de CO2 e Metano (CH4) e possivelmente prever  mudanças climáticas.
  3. A imagem abaixo é um mapa da medição da fluorescência da fotossíntese das plantas, medida entre junho/2009 e maio/2010. AS cores mais vermelhas mostram maior atividade fotossintética.


Figure 1. (a) Global map of plant chlorophyll fluorescence as measured by the GOSAT satellite from June 2009 to May 2010. The fluorescence is measured at a spectral wavelength of 757 nanometers and superimposed on a 2°x 2° grid. Areas of higher and lower plant activity can be seen in different parts of the world. (b) Time variations in the fluorescence signal given off by vegetation, from June 2009 to August 2010. A pronounced seasonal variation can be seen that reflects the growing season in the northern hemisphere and seasonal vegetation shifts in the tropics.













Figure 1. (a) Global map of plant chlorophyll fluorescence as measured by the GOSAT satellite from June 2009 to May 2010. The fluorescence is measured at a spectral wavelength of 757 nanometers and superimposed on a 2°x 2° grid. Areas of higher and lower plant activity can be seen in different parts of the world. (b) Time variations in the fluorescence signal given off by vegetation, from June 2009 to August 2010. A pronounced seasonal variation can be seen that reflects the growing season in the northern hemisphere and seasonal vegetation shifts in the tropics.



References
[1] C. Frankenberg et al., “New global observations of the terrestrial carbon cycle from GOSAT: Patterns of plant fluorescence with gross primary productivity,” Geophys. Res. Lett., vol. 38, L17706 (2011).
[2] J. Joiner et al., “First observations of global and seasonal terrestrial chlorophyll fluorescence from space,” Biogeosciences Discuss., 7, 8281-8313 (2010).

para ler mais siga o link até o Climate Nasa